18 de abril de 2011

Limonada do dia...

L

Chacoalhão nosso de cada dia...

Estava eu, limpando a casa e tomando café da manhã, sim, hoje eu tenho uma abençoada manhã de folga, e como qualquer mulher que fica em casa nesse período, liguei na Ana Maria Braga. Estava justamente, passando uma reportagem especial sobre os brasileiros que voltaram do Japão, devido às últimas catástrofes ocorridas naquele país. Foi mostrado casos de pessoas que perderem tudo (materialmente), mas trouxeram em sua bagagem espiritual, uma imensa vontade de recomeçar, reconstruir, reinventar... Apesar de terem trabalhado anos, juntando economias e voltarem, praticamente "com uma mão na frente, outra atrás", não perderam a esperança e estão dispostos a exercer qualquer ofício, desde que dignamente.

Muitos voltaram para a casa de amigos, mas a maioria, voltou para o aconchego do Lar. Pais, avós, irmãos, todos estavam aguardando o retorno com os braços abertos e ansiosos, cheios de amor para dar. Isso também foi algo que me emocionou bastante, pois pensei na minha situação, apesar de estamos longe dos nossos pais, sabemos que independente do que possa nos acontecer no futuro, teremos um lar para nos acolher. São valores familiares que não podemos nos esquecer e pelos quais devemos ser gratos todos os dias. Família, ela sempre está lá, mesmo de longe, nos apoiam em nossas escolhas e nos acolhem nos momentos de dificuldade.

Que grande e bela lição recebi hoje! Penso que nossos irmãos japoneses acabaram de cumprir a sua missão "pós tragédia": nos mostram que sempre é tempo de recomeçar. Podemos perder tudo, materialmente, mas o que nós temos na essência, nossos valores diante da dificuldade, nenhuma catástrofe ambiental pode retirar.

Lembrei da lição do Bambu Chinês, e resolvi compartilhar, pois penso que se adequa ao contexto:

Dizem que depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente cinco anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo. Isso porque, duarante esse tempo, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo construída. Então, no final do quinto ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.

Um escritor de nome Covey escreveu:
"Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu "quinto" ano chegará, e com ele virão crescimentos e mudanças que você jamais esperava."

O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de nossos sonhos... Apesar de toda a sua altura, o bambu chinês é capaz de curvar-se até o chão diante de um vendaval. No entanto, tão logo cesse o vento, ele se reergue e volta a ser majestoso como sempre. Para efetivos resultados em nossas ações de cooperação, devemos sempre lembrar do bambu chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.

Paciência e determinação, aprendendo e amadurecendo diante das situações mais difíceis, eis o nosso desafio. Regozijar-se diante da vida, observar as coisas simples, a natureza, ela nos traz inúmeras lições de paciência, desprendimento, resiliência. O Sol nasce para todos, "oscula a fonte e rocia a pétala da rosa, ao mesmo tempo, aquece o charco e o transforma". Que nos deixemos iluminar pelo Sol de cada dia, e que um dia, possamos iluminar também, assim como a nossa estrela maior...Por enquanto, que sejamos como o Girassol ou como o Bambu Chinês (vejam, todos exemplos vindos da natureza).

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