Dos Cheiros de Fatos Marcados
Vai dizer que não te lembra, que não leva pro passado,
Cheiro de açúcar queimado, na hora boa da merenda.
Não há um ser que esqueça, que na memória faça troca,
Do sempre gosto de pipoca, dos quitutes na despensa.
Você gostava dos bolos de chuva, da forte limonada,
E a boca era sempre manchada, talvez pelo suco de uva.
O que te lembra de repente, que bons tempos te remete?
Estouro de bola de chiclete, goles de chocolate quente.
Pra lembrar sem esforço, de uma tarde sossegada,
Cheiro da terra molhada, fruta mordida até o caroço.
No sempre aguardo da janela, de quando já era hora,
Compotas do doce de amora, doces pitadas de canela.
Dedos, lambuzos, lambidas de infância
Cheiros, registros, memórias
Caramelos, histórias
Criança.
Fernanda Rocha
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