Abolição (ainda) não significa liberdade...
Hoje é mais do que uma "tenebrosa" sexta-feira 13, hoje também é dia da "libertação" dos escravos. Há 123 anos, foi assinada pela Princesa Isabel a Lei Áurea no Brasil, que simbolizou a abolição da escravidão. Hoje é mais que um dia de comemoração, é um dia de reflexão, um dia de nos conscientizarmos. E quem fala sobre isso, a não ser, o "Movimento Negro"? Ainda bem que meu Blog voltou ao normal, ficaria muito triste de não poder escrever sobre isso hoje. Li uma nota muito interessante a respeito disso no Vermelho, se você tiver interesse, clique aqui (VALE MUITO A PENA LER!).
Cadê a igualdade, o reconhecimento ao negro na história do nosso país? Ao negro, ao índio, às mulheres? Precisamos avançar mais. Invisibilizar o negro do processo histórico, da formação cultural do nosso país, também me torna invisível como cidadã brasileira, pois tenho sangue de negro e de índio correndo pelas minhas veias, e quem não tem? Não admito racismo, ignorância na "Era da Informação".
Estou lendo um relatório sobre as Comunidades Quilombolas do Paraná, realizado entre 2005/2010, do Grupo de Trabalho Clóvis Moura, em breve, postarei comentários acerca dessa pesquisa. Sim, no Sul do País existem comunidades quilombolas! E melhor, tem gente que mapeou isso. Confira no site!
De alguma maneira me sinto responsável pela causa, e como professora, tenho que ler, pesquisar e repassar essa informação. Ainda que de forma humilde e limitada, penso que é um meio de levar os meus alunos à reflexão e à valorização da cultura "afro-brasileira". Precisamos conhecer e reconhecer a formação do povo brasileiro. Além do mais, para quem não sabe, é lei. Todas as escolas públicas e particulares da educação básica devem ensinar aos alunos conteúdos relacionados à história e à cultura afro-brasileiras. Desde o início da vigência da Lei nº 10.639, em 2003, a temática afro-brasileira se tornou obrigatória nos currículos do ensino fundamental e médio.
E olha, que só falei da questão do negro no Brasil, e o trabalho escravo que ainda existe no nosso país?
É, precisamos avançar e para avançarmos, precisamos que cada um faça sua parte na construção de um país mais justo.
Por hoje, é só. Abaixo está o vídeo do famoso poema "Navio Negreiro" do nosso "poeta dos escravos", Castro Alves, que foi transformado em uma bela canção na voz do Caetano Veloso e da sua irmã Maria Bethânia, com a participação de Carlinhos Brown.
PAZ!
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