12 de março de 2011

Uma mulher em busca de direitos...

SEMANA DA MULHER

 Cientista, líder feminista e política paulista (1894-1976). 
  Foi uma das pioneiras da luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no país.

BERTHA LUTZ
 "A transformação social se faz com coragem e determinação."

Berta Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo, em 1894, é uma das pioneiras da luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no país. Filha do cientista Adolfo Lutz,  zoóloga de profissão, em 1919 tornou-se secretária do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O fato teve grande repercussão, considerando-se que na época o acesso ao funcionalismo público ainda era vedado às mulheres. Mais tarde, tornou-se naturalista na seção de botânica da mesma instituição. 

Em 1922, representou o Brasil na assembléia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. De volta ao Brasil, fundou a Federação para o Progresso Feminino, iniciando a luta pelo direito de voto para as mulheres brasileiras. Ainda em 1922, como delegada do Museu Nacional ao Congresso de Educação, garantiu ingresso das meninas no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. 

Sucessora de Leolinda Daltro, fundadora da primeira escola de enfermeiras do Brasil, Berta Lutz organizou o I Congresso Feminista do Brasil. Na Organização Internacional do Trabalho, discutiu problemas relacionados à proteção do trabalho feminino. Em 1929, participou da Conferência Internacional da Mulher, em Berlim. Ao regressar, fundou a União Universitária Feminina. Em 1932, criou a Liga Eleitoral Independente e, no ano seguinte, a União Profissional Feminina e a União das Funcionárias Públicas. Ainda em 1933, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e publicou "A nacionalidade da mulher casada", na qual defendia os direitos jurídicos da mulher. 

Candidata em 1933 a uma vaga na Assembléia Nacional Constituinte de 1934 pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, representando a Liga Eleitoral Independente, ligada ao movimento feminista, não conseguiu eleger-se. Contudo, acompanhou as discussões da Constituinte, a convite da deputada paulista Carlota Pereira de Queirós. No pleito de outubro de 1934, candidatou-se mais uma vez e, novamente, obteve apenas uma suplência. No entanto, acabou assumindo o mandato em julho de 1936, devido à morte do titular, deputado Cândido Pessoa. Em sua atuação, lutou pela mudança de legislação trabalhista referente à mulher e ao menor, propôs igualdade salarial, licença de três meses à gestante, redução da jornada de trabalho - então de 13 horas. Permaneceu na Câmara até 1937, ocasião em que o regime do Estado Novo (1937-45) dissolve os órgãos legislativos do país. 

Em 1975, Ano Internacional da Mulher, integrou a delegação brasileira à Conferência Mundial da Mulher, realizada no México e patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Faleceu no Rio de Janeiro, em 1976, em setembro do ano seguinte, conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras.

Fonte: www.cpdoc.fgv.br
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CURIOSIDADES SOBRE BERTHA...
A conquista do direito ao voto feminino


Um colunista de um jornal carioca escreveu, em 1918, um artigo maldoso dizendo que as  brasileiras não iriam sofrer nenhuma influência da luta pelos direitos femininos na Inglaterra. A paulistana Bertha Lutz, que acabara de voltar da França como bacharel em Ciências na Sorbonne, indignou-se. Respondeu com a sugestão de se criar um movimento de luta pelos direitos femininos. Filha do famoso cientista Adolfo Lutz, Bertha tinha então 24 anos. Bióloga e advogada, ela adotou a causa do voto feminino. Depois de inúmeras participações em congressos, ligas e organizações pelo mundo durante a década de 20, em 1932 Bertha viu Getúlio Vargas aprovar o novo Código Eleitoral contendo o direito de voto das mulheres. Foi a realização de um grande sonho. Aliada à luta pela causa feminina, ainda teve tempo de trabalhar, por mais de 40 anos, como pesquisadora científica na área de zoologia. Como se não bastasse, descobriu quase uma dezena de espécies anfíbias e deixou seu nome nos círculos da ciência internacional.


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Prêmio Bertha Lutz

O prêmio Bertha Lutz foi instituído pela Mesa do Senado em 2001 como forma de homenagear mulheres de todo o país que tenham prestado relevantes serviços na defesa dos direitos femininos e em questões de gênero.
Existe um movimento hoje, no país, para a Dilma ser agraciada com o prêmio Bertha Lutz, fique de olho!



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